Igreja, comunidade terapêutica - Mt 9:12, 12:20, Gl 6:1-2


A igreja de Deus é a coluna da verdade. Ela é filha da verdade, anda na verdade, é santificada na verdade e embaixadora da verdade. A igreja, porém, tempera a verdade com o amor. Ela fala a verdade em amor. Verdade sem amor fere; amor sem verdade engana.

Para ser uma comunidade terapêutica, a igreja precisa falar a verdade e ao mesmo tempo amar as pessoas.

Terapia no grego significa literalmente servir a Deus. No sentido pratico e atual significa tratamento de uma doença. A igreja é uma comunidade terapêutica porque trata das doenças da alma humana

Para que a igreja seja uma comunidade terapêutica, alguns princípios devem ser observados à luz do texto supra:

1.    Uma igreja terapêutica não vive na pratica do pecado.
Aqueles que vivem na prática do pecado não pertencem à igreja de Deus, pois quem vive pecando não conhece a Deus (1Jo 1:6).
O pecado na vida do crente é um acidente e não uma prática. O crente não pode pecar deliberadamente, intencionalmente.
Não podemos fazer provisão para o pecado e ao mesmo tempo pertencermos à igreja do Deus vivo.
Deus nos salvou do pecado e não no pecado. Fomos salvos das garras do pecado, não apenas da destruição do pecado. Fomos chamados à santidade e à irrepreensibilidade.

2.    Uma igreja terapêutica é conduzida pelo Espírito Santo.
A igreja não é conduzida pelos valores humanistas que regem a sociedade – ela é regida pelo Espírito Santo!
Quando Paulo fala: “vós, que sois espirituais” não está referindo-se a uma elite dentro da igreja, mas a todos os crentes! Os crentes em Cristo são aqueles que:
•    Receberam o Espírito (Gl 3.2),
•    Nasceram do Espírito (Gl 4.29),
•    Andam no Espírito (Gl 5.16),
•    Produzem o fruto do Espírito (Gl 5.22,23), e
•    Vivem no Espírito (Gl 5.25).

A igreja de Deus é uma comunidade terapêutica, porque os crentes, sendo espirituais, são agentes da cura e não instrumentos da morte.

3.    Uma igreja terapêutica trata com sensibilidade os que tropeçam.
Se alguém for surpreendido nalguma falta, vós que sois espirituais, corrigi-o...
A palavra usada pelo apóstolo procede da medicina. Foi usada no grego clássico para reparar um osso quebrado.
Precisamos lidar com tato e sensibilidade com as pessoas que caem. Devemos ser intransigentes com o pecado, mas cheios de ternura com aqueles irmãos que são surpreendidos por ele.
Tratar significa não ignorar o pecado! Não confunda tratar, corrigir, disciplinar com matar. Agente mata o crente quando tratamos o problema do pecado com ignorância, quando “passamos a mão na sua cabeça”, quando ignoramos o pecado, quando dizemos que está tudo bem quando na verdade está tudo errado!
Não podemos esmagar aqueles que já estão quebrados nem ferir ainda mais aqueles que já estão machucados pela queda.
A correção ao faltoso precisa ser com espírito de brandura e não com truculência.
A disciplina visa a restauração do caído e não sua destruição.

4.    Uma igreja terapêutica mantém-se vigilante para não cair em pecado.
Paulo diz que devemos nos guardar para não sermos também tentados a cair nos mesmos pecados que reprovamos nos outros.
Hipocrisia e soberba são armadilhas perigosas que aprisionam e adoecem a igreja. Seria hipocrisia condenar na vida do irmão o pecado que acariciamos no coração. Somos tendentes a projetar nossos próprios erros em alguém e condenar nesse alguém o que não temos coragem de enfrentar em nós mesmos.
Vemos com mais facilidade um cisco no olho do irmão do que uma trave em nosso próprio olho.
Coamos mosquitos e engolimos camelos.
Uma igreja terapêutica não coloca fardos nas costas das pessoas, mas leva as cargas uns dos outros.

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