Dízimo, uma prática bíblica a ser cumprida

Há uma enxurrada de comentários tendenciosos e distorcidos circulando as redes sociais, em nossos dias, atacando a doutrina dos dízimos. Acusam os pastores que ensinam essa doutrina de infiéis e aproveitadores. Acusam as igrejas que recebem os dízimos de explorar o povo. Outros, jeitosamente, tentam descaracterizar o dízimo, afirmando que essa prática não tem amparo no Novo Testamento. Tentam limitar o dízimo apenas ao Velho Testamento, afirmando que ele é da lei e não vigente no tempo da graça.

Não subscrevemos os muitos desvios de igrejas que, trabalham em erro, ao criarem mecanismos místicos, sincréticos e inescrupulosos para arrecadar dinheiro, vendendo água fluidificada, rosa ungida, toalha suada e até tijolo espiritual. Essas práticas são pagãs e nada tem a ver com ensino bíblico da mordomia dos bens. O fato, porém, de existir desvio de uns, não significa que devemos afrouxar as mãos, no sentido de ensinar tudo quanto a Bíblia fala sobre dízimos e ofertas. Destaco, aqui, alguns pontos para nossa reflexão.

1º. A prática do dízimo vem antes da lei. 
Aqueles que se recusam ser dizimistas pelo fato de o dízimo ser apenas da lei estão redondamente equivocados. O dízimo é um princípio espiritual presente entre o povo de Deus desde os tempos mais remotos. Abraão pagou o dízimo a Melquizedeque (Gn 14:20) e Jacó prometeu pagar o dízimo ao Senhor (Gn 28:22), muito antes da lei ser instituída.

2º. A prática do dízimo foi regulamentada na lei. 
O princípio que governava o povo de Deus antes da lei, foi ratificado na lei. Agora, há um preceito claro e uma ordem específica para se trazer todos os dízimos ao Senhor (Lv 27:32). Não entregar o dízimo é transgredir a lei, e a transgressão da lei constitui-se em pecado (1Jo 3:4).

3º. A prática do dízimo está presente em toda Bíblia. 
A fidelidade na mordomia dos bens, a entrega fiel dos dízimos e das ofertas, é um ensino claro em toda a Bíblia. Está presente no Pentateuco, os livros da lei; está presente nos livros históricos (Ne 13:11-12), poéticos (Pv 3:9-10) e proféticos (Ml 3:8-10). Também está explicitamente ratificado nos evangelhos (Mt 23:23) e nas epístolas (Hb 7:8). 

Quanto ao dízimo não podemos subestimá-lo, sua inobservância é um roubo a Deus. Não podemos subtraí-lo, pois a Escritura é clara em dizer que devemos trazer “todos os dízimos”. Não podemos administrá-lo, pois a ordem: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro”.

4º. A prática do dízimo é reforçada por Jesus no Novo Testamento. 
Os fariseus superestimavam o dízimo, fazendo de sua prática, uma espécie de amuleto. Eram rigorosos em sua observância, mas negligenciam os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fé. Jesus deixa claro que devemos observar atentamente a prática dessas virtudes fundamentais da fé cristã, sem omitir a entrega dos dízimos (Mt 23:23). Ora, aqueles que usam o argumento de que o dízimo é da lei, e por estarmos debaixo da graça, estamos isentos de observá-lo; da mesma forma, estariam também isentos da justiça, da misericórdia e da fé, porque essas virtudes cardeais, também, são da lei. Só o pensar assim, já seria uma tragédia!

5º. A prática do dízimo é um preceito divino que não pode ser alterado ao longo dos séculos. 
Muitas igrejas querem adotar os princípios estabelecidos pelo apóstolo Paulo no levantamento da coleta para os pobres da Judéia como substituto para o dízimo. Isso é um equívoco. O texto de 2 Coríntios 8 e 9 trata de uma oferta específica, para uma causa específica. Paulo jamais teve o propósito de que essas orientações fossem um substituto para a prática do dízimo. Há igrejas na Europa e na América do Norte que estabelecem uma cota para cada família para cumprir o orçamento da igreja. Então, por serem endinheirados, reduzem essa contribuição a 5% ou 3% do rendimento. Tem a igreja competência para mudar um preceito divino? Mil vezes não! Importa-nos obedecer a Deus do que aos homens. Permaneçamos fiéis às Escrituras. Sejamos fiéis dizimistas!


Por Pr Hernandes Dias Lopes

Comentários

  1. OLA SEGUIDORES DA ADVENTISTA OU DE QUALQUER DENOMINAÇAO QUE DEFENDEM A PRATICA DO DIZIMO. QUANDO VOCES FOREM CITAR MATEUS 23/23 PARA DEFENDEREM O DIZIMO DE VOCES, PRESTEM ATENÇAO NO QUE ESTAO LENDO POIS ALI JESUS DISSE;DEVIEIS E NAO; DEVEIS; PORTANTO ESTÁ NO PASSADO E NAO NO PRESENTE. JESUS NA VERDADE ESTAVA DIZENDO; VOCES DEVERIAM TER FEITO ESTAS COISAS SEM OMITIR AS OUTRAS, EM MOMENTO NENHUM JESUS DISSE QUE ELES DEVERIAM CONTINUAR DANDO DIZIMO. SE LIBERTE DA MALDIÇAO DA LEI GAL 3;10. E FIQUE NA PAZ.

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